segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

CONHECENDO NOSSAS ORIGENS - A HISTÓRIA DE MORADA NOVA


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A história de um povo: o compromisso com a origem
     A formação socioeconômica do Ceará ocorreu quase em função da pecuária (criação de gado). Esse fato, fez com que a maioria das cidades cearenses tivesse sua origem em uma grande fazenda de criar gado. São os casos de Aracati, Icó, Acaraú, Sobral e, sobretudo, Morada Nova.

      Conta-se que, no início do século XIX, por volta de 1800, o alferes José de Fontes Pereira de Almeida, rico fazendeiro da região do Baixo Jaguaribe, instalou-se às margens do rio Banabuiú, fixando-se aí com sua família e formando a fazenda Morada Nova. O povoado foi se desenvolvendo progressivamente. Em 1831, foi edificada uma capela sob a invocação do Divino Espírito Santo, depois tornou-se vila, ganhando status de município no dia 02 de agosto de 1876.

       Surgido sob a influência política e econômica da família Pontes, no município de Morada Nova, é peculiar a presença de grupos oligárquicos à frente do poder político.

                     “... a história de Morada Nova, tradição, já começou com a questão política  disputada entre dois irmãos. Esses irmãos era uma família só, se dividiram, e daí foi o ponto de partida para que continuasse, aí vieram outras famílias e continuam divididos...” (1)

       De acordo com o Sr. Alberto Rodrigues Muniz, na fala acima, esse aspecto foi se repetindo e acabou virando uma “tradição” na história política moradanovense. Por conseguinte, a primeira divergência entre famílias em Morada Nova, de que se tem notícia, deu-se em 1831, entre os irmãos José de Fonte Pereira de Almeida e Dionísio de Matos Fonte. Ambos, proprietários de terras e coronéis, desejavam construírem a capela do Divino Espírito Santo em suas respectivas terras.

       Segundo Waldery Uchôa, o alferes José de Fontes Pereira de Almeida solicitou ao bispo de Pernambuco, Dom João Marques Perdigão, uma licença para construir uma capela em sua propriedade, a fazenda Morada Nova. Por coincidência, ou ironia, o capitão Dionísio de Matos Fontes, também dono de muitas terras às margens do rio Banabuiú, solicitou a mesma licença querendo a capela na fazenda Bento Pereira, de sua propriedade. “O barulho tomou ares de luta armada, com cabroeira adestrada no bacamarte.” Contudo, acalmado os ânimos, o impasse foi resolvido a partir de um plebiscito, ou seja, a população da vila do Espírito Santo iria decidir através de voto, onde seria a capela. (2)

        O imaginário construído acerca desse episódio coloca que o alferes José de Fonte venceu a consulta popular por um voto, por isso, a cidade se chama Morada Nova.

        Apesar da divergência política entre os Fontes, está no passado, esse aspecto faz parte da identidade do povo moradanovense, compondo parte importante da história no presente.

                                                                             Profª Rogileuda Cavalcante

(1) MUNIZ, Alberto Rodrigues (65 anos). Entrevista 12/07/1997.
(2) UCHÔA, Waldery. Anuário do Ceará (1953-1954), Fortaleza, Vol. 1, p. 175.

quarta-feira, 26 de março de 2014

DIA 25 DE MARÇO E A CULTURA NEGRA NO BRASIL






       DIA 22 DE MARÇO TIVEMOS NA ESCOLA VÁRIAS ATIVIDADES REFERENTES À CULTURA NEGRA: OFICINAS DE HIP HOP, CAPOEIRA, MÚSICAS, MODA E COSTUMES. MAS QUEREMOS SABER SUA OPINIÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DO NEGRO NA SOCIEDADE BRASILEIRA. COMO VOCẼ ESTÁ VENDO A QUESTÃO DA DISCRIMINAÇÃO, O RACISMO, AS OPORTUNIDADES DE TRABALHO, AS COTAS PRA UNIVERSIDADE? DÊ SUA OPINIÃO SOBRE ALGUNS DESSES PONTOS.

terça-feira, 26 de março de 2013

ETNOCENTRISMO

                                          
 AULA - (Profa. Rogileuda Cavalcante)

             O etnocentrismo é uma avaliação pautada em juízos de valor daquilo que é considerado diferente. Se a cultura no que tange aos valores e visões de mundo é fundamental para nossa constituição enquanto indivíduos (servindo-nos como parâmetro para nosso comportamento moral, por exemplo), limitar-se a ela, desconhecendo ou depreciando as demais culturas de povos ou grupos dos quais não fazemos parte, pode nos levar a uma visão estreita das dimensões da vida humana. O etnocentrismo, dessa forma, trata-se de uma visão que toma a cultura do outro (alheia ao observador) como algo menor, sem valor, errado, primitivo. Ou seja, a visão etnocêntrica desconsidera a lógica de funcionamento de outra cultura, limitando-se à visão que possui como referência cultural. A herança cultural que recebemos de nossos pais e antepassados contribui para isso, pois nos condiciona ao mesmo tempo em que nos educa. 

              O etnocentrismo trata-se de uma avaliação pautada em juízos de valor daquilo que é considerado diferente. Por exemplo, enquanto alguns animais como escorpiões e cães não fazem parte da cultura alimentar do brasileiro, em alguns países asiáticos estes animais são preparados como alimentos, sendo vendidos na rua da mesma forma como estamos habituados aqui a comer um pastel ou pipocas. Assim, o que aqui é exótico, lá não necessariamente o é. Outro exemplo, para além da comida, é a vestimenta, pois, tomando como base o costume do homem urbano de qualquer grande centro brasileiro, certamente a pouca vestimenta dos índios e as roupas típicas dos escoceses – o chamado kilt – são vistas com estranheza. Da mesma forma, um estrangeiro, ao chegar ao Brasil, vindo de um país qualquer com muita formalidade e impessoalidade no trato, pode, ao ser recepcionado, estranhar a cordialidade e a simpatia com que possivelmente será tratado, mesmo sem ser conhecido.

           Estes são apenas alguns dentre tantos outros exemplos que ilustram as diferenças culturais nos mais diversos aspectos. O ponto alto da questão não está apenas em se constatar as diferenças, mas sim em aprender a lidar com elas. Dessa forma, no momento de um choque cultural entre os indivíduos, pode-se dizer que cada um considera sua cultura como mais sofisticada do que as culturas dos demais. Aliás, esta foi a lógica que norteou as ações de estratégia geopolítica das nações dentre as quais nasceu o capitalismo como modo de produção. Esses países consideravam a ampliação da produção em escala e o desenvolvimento do comércio, da ciência e, dessa forma, a adoção do modo de vida do europeu como “homem civilizado”, fatores necessários e urgentes. Logo, caberia a este último a função de civilizar o mundo, argumento pelo qual se defendeu o neocolonialismo como forma de dominação de regiões como a África. Tomar conhecimento do outro sem aceitar sua lógica de pensamento e de seus hábitos acaba por gerar uma visão etnocêntrica e preconceituosa, o que pode até mesmo se  ­desdobrar em conflitos diretos. O etnocentrismo está, certamente, entre as principais causas da intolerância internacional e da xenofobia (preconceito contra estrangeiros ou pessoas oriundas de outras origens). Basta pensarmos nas relações entre norte-americanos e latinos (principalmente mexicanos) imigrantes, entre franceses e os povos vindos do norte do continente africano que buscam residência neste país, apenas como exemplos. A visão etnocêntrica caminha na contramão do processo de integração global decorrente da modernização dos meios de comunicação como a internet, pois é sinônimo de estranheza e de falta de tolerância.

         Contudo, a inevitabilidade do choque cultural é um fato, pois as culturas naturalmente possuem bases e estruturas diferentes, dando significação à vida de formas distintas. Prova disso estaria no papel social assumido pelas mulheres, que certamente não possuem os mesmos direitos enquanto pessoa humana em sociedades ocidentais e orientais. Este fato, aliás, tem sido objeto de longas discussões internacionais acerca dos direitos humanos e das questões de gênero. A complexidade dessa questão é muito clara, pois se para nós do lado ocidental algumas práticas são contra o direito à vida e à emancipação; para outras culturas essas mesmas práticas devem ser aceitas com naturalidade, pois apenas reproduziriam uma tradição.

             Dessa forma, a tolerância com relação à diferença é válida, mas seu limite não está claro, pois como podemos aceitar pacificamente o apedrejamento de mulheres ou a mutilação de seus corpos? Daí a necessidade da reflexão constante sobre tais limites, uma vez que o maior objetivo sempre será o convívio harmonioso e a valorização da vida.
                                           (Paulo Silvino Ribeiro)
                                        Colaborador Brasil Escola
Bacharel em Ciências Sociais pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas
Mestre em Sociologia pela UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
Doutorando em Sociologia pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas

Vamos pensar!
Se somos educados adquirindo valores de uma determinada cultura, que por sua vez nos orienta construir uma visão de mundo, será possível não julgar componentes de outras culturas sem dispensar um certo valor a nossa? Se somos capazes de agir com essa postura, de que forma podemos evitar comportamentos e posturas etnocêntricas? Reflita!






quarta-feira, 13 de março de 2013

CADA UM DE NÓS COMPÕE A SUA HISTORIA...

Todo mundo ama um dia, todo mundo chora
Um dia a gente chega, no outro vai embora 
Cada um de nós compõe a sua história 
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz 
de ser feliz.........
                (Tocando em frente - Almir Sater)


QUE HISTÓRIA VOCÊ QUER CONSTRUIR PARA A SUA VIDA? (Profa. Sângela Sousa)

segunda-feira, 4 de março de 2013

BEM-VINDO AO BLOG DAS CIÊNCIAS HUMANAS DO CEMER

              Todos os dias somos chamados a fazer escolhas em nossa vida. Viver significa compartilhar os sabores e dissabores dessas escolhas. Assim estamos fazendo nossa história. 

             Dentro desse fazer, 
   - Qual a importância do conhecimento?

  - Quais as suas perspectivas para estudar história? O que você espera aprender?

   - O que é a História pra você?

OS CEGOS E O ELEFANTE

         (Estória do Folclore Hindu)

         Numa cidade da Índia viviam sete sábios cegos. Como seus conselhos eram sempre excelentes, todas as pessoas que tinham problemas os consultavam.Embora fossem amigos, havia uma certa rivalidade entre eles que, de vez em quando, discutiam sobre o qual seria o mais sábio.

         Certa noite, depois de muito conversarem acerca da verdade da vida e não chegarem a um acordo, o sétimo sábio ficou tão aborrecido que resolveu ir morar sozinho numa caverna da montanha. Disse aos companheiros:

         - Somos cegos para que possamos ouvir e compreender melhor do que as outras pessoas a verdade da vida. E, em vez de aconselhar os necessitados, vocês ficam aí brigando como se quisessem ganhar uma competição. Não agüento mais! Vou-me embora.

          No dia seguinte, chegou à cidade um comerciante montado num elefante imenso. Os cegos jamais haviam tocado nesse animal e correram para a rua ao encontro dele. O primeiro sábio apalpou a barriga do animal e declarou:

           - Trata-se de um ser gigantesco e muito forte! Posso tocar os seus músculos e eles não se movem; parecem paredes...

           - Que bobagem! - disse o segundo sábio, tocando na presa do elefante.             
           - Este animal é pontudo como uma lança, uma arma de guerra...

        - Ambos se enganam - retrucou o terceiro sábio, que apertava a tromba do elefante. - Este animal é idêntico a uma serpente! Mas não morde, porque não tem dentes na boca.É uma cobra mansa e macia...

        - Vocês estão totalmente alucinados! - gritou o quinto sábio, que mexia as orelhas do elefante. - Este animal não se parece com nenhum outro. Seus movimentos são ondeantes, como se seu corpo fosse uma enorme cortina ambulante...

         - Vejam só! - Todos vocês, mas todos mesmos, estão completamente errados! - irritou-se o sexto sábio, tocando a pequena cauda do elefante. - Este animal é como uma rocha com uma cordinha presa no corpo. Posso até me pendurar nele.

          E assim ficaram horas debatendo, aos gritos, os seis sábios. Até que o sétimo sábio cego, o que agora habitava a montanha, apareceu conduzido por uma criança.

          Ouvindo a discussão, pediu ao menino que desenhasse no chão a figura do elefante. Quando tateou os contornos do desenho, percebeu que todos os sábios estavam certos e enganados ao mesmo tempo. Agradeceu ao menino e afirmou:

           - Assim os homens se comportam diante da verdade. Pegam apenas uma parte, pensam que é o todo, e continuam tolos!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

PROJETO A INFLUÊNCIA DOS POVOS AFRICANOS NA CULTURA DO POVO CEARENSE


Colégio Estadual Maria Emília Rabelo
Área de Ciências Humanas e suas Tecnologias












PROJETO: A influência dos povos africanos na cultura do povo cearense












Morada Nova-Ce
2012


SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO...........................................................................
1.IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO....................................................
2.PROBLEMATIZAÇÃO....................................................................
3.DISCIPLINAS ENVOLVIDAS.........................................................
4.OBJETIVO GERAL DO PROJETO................................................
5.OBJETIVOS ESPECÍFICOS..........................................................
6.CONTEÚDOS RELACIONADOS A ESCRAVIDÃO NO BRASIL..
7.CONHECIMENTOS A SEREM CONSTRUIDOS...........................
7.1.COTEÙDO CONCEITUAL....................................................
7.2.CONTEÙDO PROCEDIMENTAL.........................................
7.3.CONTEÙDO ATITUDINAL...................................................
8.SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM..................................................
9.AVALIAÇÃO...................................................................................
10.CULMINÂNCIA..............................................................................
11.RECURSOS
12.CRONOGRAMA................................................................................
13.REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA....................................................












APRESENTAÇÃO

O Estado do Ceará é considerado pioneiro no processo de libertação dos escravos no Brasil. O movimento abolicionista começou a partir de 1879, provavelmente com a criação da Fundação Sociedade Perseverança e Porvir, instituição que sensibilizou a sociedade cearense para tal questão. Portanto, quatro anos antes da promulgação da Lei Áurea, a antiga província concedia liberdade a cerca de trinta mil cativos. “Segundo consta a história, o jangadeiro Francisco José do Nascimento, mais conhecido como Dragão do Mar, já em 30 de agosto de 1881 bradou: No Porto do Ceará não se embarca mais escravos”.
Os escravos cearenses em sua maioria eram domésticos, isto é, trabalhavam na casa grande, pois a economia da província era baseada na pecuária e na agricultura de subsistência necessitando de pouca mão-de-obra. Por isso o tráfico de escravos para os centros cacaueiro, açucareiro e cafeeiro era notório. De acordo com o historiador Francisco José Pinheiro, “pelo censo de 1872, o primeiro realizado no Brasil, a população escrava no Ceará correspondia a apenas 4,4% em relação a população total. Entre 1845 e 1883 o Ceará exportou mais de 16 mil e 800 escravos para o sudeste cafeeiro”. Isso significa que a abolição não abalou a economia local, daí a adesão dos diversos setores da sociedade em prol da abolição.
O conhecimento acima exposto nos desperta para algumas indagações acerca da presença dos povos africanos no Estado do Ceará, sobretudo na cidade de Morada Nova. É importante saber a grande contribuição desses povos em nossa cultura, bem como conhecer melhor seu lugar de origem – África – para compreender determinados traços culturais do povo cearense.
Nesse sentido, o presente projeto pretende no 20 de novembro, o dia da Consciência Negra, proporcionar uma reflexão a cerca do emblemático processo de libertação dos escravos no Ceará, e sobretudo evidenciar na cultura cearense a marca dos povos africanos. Para tanto, o projeto desenvolverá atividades pedagógicas que envolverão esse tema. Ou seja, o continente africano, abolição no Ceará, cultura cearense, costumes locais, população afrodescendente de Morada Nova, entre outros temas que podem ser despertados durante o processo de pesquisa.
Dentro desse contexto percebe-se a necessidade de nos debruçarmos sobre as que irão promover esse projeto e ainda, a urgência em desenvolvê-lo.













1.IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

EIXO TEMÁTICO:
Conhecer nossas origens é um importante passo para transformar a realidade em que vivemos e por sua vez, praticar uma cidadania mais participativa e consciente. Portanto, descobrir aspectos da nossa cultura que estão relacionados aos povos africanos é também aprender a respeitar o outro pela sua história de vida, pelo seu caráter, e finalmente pela convivência pacífica, a partir do princípio do respeito à diferença.
MUNICÍPIO: Morada Nova - CE
BENEFICIADOS:
Todas as turmas do Colégio Estadual Maria Emília Rabelo

PARCEIROS:
Professores da Área de Ciências Humanas e Suas Tecnologias

PERÍODO DE EXECUÇÃO DO PROJETO:
O projeto terá início na última semana de agosto e terminará no dia 20 de novembro de 2012 com a amostra dos trabalhos desenvolvidos.

PROBLEMATIZAÇÃO
O processo de abolição dos povos africanos no Ceará envolve ainda muitos pontos a serem elucidados. Desse modo, uma das formas de desvendar esses mistérios dentro da nossa história passa pelo crivo da cultura local por ser um fato social geral e singular a toda e qualquer sociedade. Partindo dessa constatação procura-se nesse projeto pensar as seguintes questões:
- Por que boa parte da população africana no Ceará foi traficada para outras regiões?
- Quais aspectos da nossa cultura estão ligados aos povos africanos?
- De que forma os africanos eram trazidos para o Ceará?
-Uma vez, trazidos para cá, como eram tratados?
- Como podemos identificar a população afrodescendente de Morada Nova?
- Como vive essa população?
- Será que em Morada Nova é possível encontrar descendentes diretos de escravos?
- O preconceito contra a população afrodescendente de Morada Nova é visível?
- Existe algum inquérito por racismo na Comarca de Morada Nova?
- E finalmente, como podemos conviver harmonicamente com as diferenças?

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS:
Dentro do projeto podem ser envolvidas as seguintes disciplinas: História, Sociologia, Filosofia e Geografia.

OBJETIVO GERAL DO PROJETO
Conhecer a influência dos povos africanos na cultura cearense, a partir da pesquisa em documentos oficiais, livros, jornais, revistas e entrevistas a pessoas da comunidade moradanovense.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Para melhor entendimento, necessário se faz objetivos mais sinalizados para as diversas questões que serão abordadas. Portanto podemos:
- Identificar os aspectos da cultura cearense que estão ligados a cultura de povos africanos;
- Pesquisar em livros e sites sobre o continente africano;
- Desenvolver campanhas esclarecendo sobre o racismo na sociedade cearense;
- Identificar a população afrodescendente de Morada Nova;
- Estudar em livros, jornais e revistas sobre o processo de abolição no Estado do Ceará;
- Articular o dia da consciência negra como um momento de reflexão para a temática escravidão no Ceará;
- Promover visitas a museus relacionados a cultura cearense;
- E finalmente, construir mais uma leitura a cerca da escravidão no Ceará, levando em consideração a cultura local.
CONTEÚDOS RELACIONADOS A ESCRAVIDÃO NO BRASIL
Conteúdos abordados no projeto pedagógico:
- As fronteiras do continente africano;
- As grandes navegações e a escravidão;
- Os reinos africanos;
- A escravidão no Brasil;
- O tráfico negreiro;
- A presença do escravo africano no Ceará;
- Racismo na sociedade brasileira;
- O colonialismo na África;
- O processo de independência dos países africanos;
- O trabalho escravo no Brasil contemporâneo;
- Aspectos culturais de alguns países africanos
    • A escravidão no Ceará.

CONHECIMENTO A SEREM CONSTRUIDOS
  1. CONTEÚDO CONCEITUAL
- Formação do continente africano (História)
- A cultura, a escravidão, civilização, as sociedades escravocratas (Sociologia)
- Sociedade e trabalho, o Estado (Filosofia)
- A desigualdade social, colonialismo, fronteiras (Geografia)
2- CONTEÚDO PROCEDIMENTAL
- Reflexão sobre o processo de escravidão dos povos africanos, o porquê do dia da consciência negra, cultura cearense, escravidão no Brasil e processo de independência na África (História)
- Conhecimento das ideologias acerca da escravidão, dos reflexos do colonialismo nos países africanos e a cidadania para as etnias dominadas (Filosofia)
- Análise das relações territoriais, de fronteiras, étnicas e culturais entre os povos (Geografia)
- Percepção das diferenças étnicas, desigualdade social, população afrodescendente, trabalho escravo no Brasil etc. (Sociologia)
3- CONTEÚDO ATITUDINAL
- Observação mais atenta da realidade da população de Morada Nova no tocante a desigualdade social (Sociologia)
- Conhecimento de casos de racismo no cotidiano, remanescentes de povos africanos no Ceará e do processo de abolição (História)
- Leitura de gráficos demonstrativos sobre a realidade de países africanos no tocante a aspectos culturais, políticos e econômico desse continente (Geografia)
- Reflexão sobre o processo de abolição no Ceará em relação ao Brasil, bem como a finalidade do dia Consciência Negra (Filosofia)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM

No decorrer do projeto serão desenvolvidas atividades que possam proporcionar a aprendizagem dos conteúdos previstos. A seguir:
- Interpretação de textos de diversos gêneros sobre a temática em estudo;
- Acesso a sites sobre a escravidão, África e Ceará;
- Entrevista a pessoas da comunidade sobre os temas racismo, escravidão, etnia entre outros temas;
- Consulta a documentos oficiais, livros, revistas, jornais e objetos referentes ao tema escravidão;
- Visita a museus que possuem acervo relacionado a escravidão no Brasil;
- Debate sobre o tema abolição e os reflexos desse fato na sociedade contemporânea cearense;
- Formação de grupos de estudos sobre os países da África que foram colonizados pelos portugueses;

AVALIAÇÃO
O projeto será avaliado a partir do início das atividades programadas. Serão levados em consideração a participação do público alvo, as mudanças de atitudes dos participantes, pois espera-se a conscientização de que o preconceito racial não deve existir e que devemos agradecer a grande contribuição dos povos africanos na formação do povo brasileiro.
CULMINÂNCIA
Os resultados das atividades desenvolvidas durante o projeto serão expostos a partir de:
- Seminários e painéis de debates relacionados aos temas tratados;
- Produção de panfletos informativos, cartazes e vídeos sobre o tema;
- Produção de textos com base em documentos consultados sobre o tema;
- Amostra cultural com apresentações artísticas; peças de teatro; exposição de fotografias; paródias e vídeos.

RECURSOS
Além dos recursos humanos ( professores e alunos ) serão utilizados laboratório de informática, vídeos, livros, jornais, CD, DVD, cartolinas entre outros materiais.

CRONOGRAMA
Durante o mês de setembro será realizado o estudo teórico. A seguir:
- Leitura e análise de conteúdos propostos em cada disciplina;
- Produção de textos envolvendo o tema escravidão;
- Acesso a sites e pesquisas os temas.
Durante o mês de outubro serão feitas as atividades de desenvolvimento. A seguir:
- Entrevista à pessoas da comunidade;
- Produção de relatórios;
- Análise de documentos.
Durante o mês de novembro serão realizadas as atividades de culminância. Finalmente a seguir:
- Exposição de seminários sobre os temas abolição, racismo, Áfricas, entre outros;
- Distribuição de panfletos;
    • Amostra cultural.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

PINHEIRO, Francisco José. “Os Povos Nativos do Ceará ( uma síntese possível)”. In CHAVES, Gilmar (org). Ceará de corpo e alma: um olhar contemporâneo de 53 autores sobre a terra da luz – Rio de Janeiro – Relume Dumará / Fortaleza, CE: Instituto do Ceará ( Hist. Geog. E Antrop.), 2002
CHAGAS, Dilson Pontes. Morada Nova em Revista – Fortaleza – ABC Editora, 2002
FARIAS, Airton de. História do Ceará: dos índios à geração cambeba. Fortaleza: Tropical, 1997